13.1.09

Reencontro

Hoje vi uma rapariga muito parecida a ti, foi quase como reencontrar-te. A sua expressão tímida evitou falar-me tal como tu hoje farias. O fugir incómodo que lhe causei fez-me lembrar o rancor com que seguiste em frente naquela altura, mas os olhos brilhantes a tropeçarem para o outro lado da estrada foram tais e quais os teus, de quem inventa motivos e razões à pressa para poder seguir em frente.

Para podermos orgulhar-nos do passado temos de fazer concessões. Embora aquela rapariga fosse muito mais gira do que tu, fico muito feliz por me fazer lembrar de ti. E agradeço-te por me teres ensinado isto tudo, como agradeço todos os dias salvos por raparigas parecidas a ti. 

Terminando, que isto está a descambar, não te estou a pedir nada, nem quero que me concedas nada. Só às pessoas que perdemos para sempre fazemos todas as concessões. É bom sinal que assim não seja. 

E é por isso que isto, por agora, termina assim. Com um agradecimento e cada vez que te reencontro, mais orgulho no passado. Porque é assim que se fazem as grandes mulheres.

Beijos, yours truly. 

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